O Procon de Campina Grande NÃO MULTOU NEM FECHOU o Makro Atacadista

O caso aconteceu nesta quinta-feira, 9, no Makro Atacadista. Devido a uma grande promoção oferecida pelo estabelecimento, a população se esqueceu do isolamento social e lotou o supermercado. Logo a fiscalização do Procon de Campina Grande foi acionada e ao chegar ao local, orientou a gerência do Makro a organizar as filas e a adotar os procedimentos de segurança, recomendados pela Secretaria de Saúde do Município, para evitar disseminação do coronavírus.

“O Procon foi ao Makro e com o auxílio do estabelecimento logo a multidão foi orientada a manter distância mínima de 1,5 metros nas filas. Não houve autuação, multa ou fechamento do atacadista como tem circulado nas redes sociais. Pessoas inescrupulosas se preocuparam em divulgar, levianamente, informações mentirosas e sem qualquer fundamento. O Makro como supermercado não infringiu as regras. Está apto a funcionar porque está no grupo de serviços essenciais, liberados pelos decretos municipais. Apenas não se preparou adequadamente para o grande número de pessoas que desrespeitou as medidas do isolamento social e foi em busca de ofertas, correndo um grave risco de se infectar ou de disseminar o vírus. Realizamos as orientações pertinentes e o Makro atendeu prontamente. Até o momento o Procon de Campina Grande não lavrou multas ou fechou estabelecimentos em Campina por estarem funcionando. Apenas uma empresa foi fechada pela Vigilância Sanitária porque estava trazendo riscos a população, falsificando álcool 70. Como vez ou outra sai uma notícia de que o Procon fechou ou multou estabelecimentos, é importante trazer esse esclarecimento. Se não tiver a notícia em nosso site https://procon.campinagrande.pb.gov.br/, então não é verdade”, esclareceu Rivaldo Rodrigues, coordenador executivo do Procon de Campina Grande.

Ainda segundo o Procon Municipal, os estabelecimentos da cidade têm buscado cumprir as orientações da Prefeitura, mas a população ainda precisa entender que só com o isolamento social e realizando frequentemente as medidas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, e limpar bem superfícies com desinfetantes, poderá conter o crescimento da epidemia de covid-19 em nossa cidade.

“Diariamente vemos com preocupação que a grande maioria da população está burlando as medidas de segurança e se colocando em situação de vulnerabilidade. Este início de semana foi muito complicado, houve muitas filas e aglomerações de pessoas, sobretudo idosos, em bancos e supermercados. Nossos fiscais foram aos locais para orientar a população, mas esta se mostrou reticente e continuou sua aglomeração de risco. Estamos diante de uma pandemia onde o vírus é de fácil e rápida transmissão. Não temos vacina e o tratamento adequado ainda está em análise. O coronavírus já levou a óbito muitas pessoas em todo o mundo. Mas aqui, mesmo com os apelos diários do prefeito e de sua equipe técnica, para a grande maioria da população “a ficha ainda não caiu” para esse grave problema de saúde pública. Esperamos que não paguemos um preço alto demais por tamanha teimosia, como aconteceu na Filadélfia em 1918”, disse Rivaldo.

Em setembro de 1918, assim como agora, especialistas em saúde recomendavam medidas para evitar a aglomeração de pessoas e, com isso, retardar o avanço da gripe espanhola. Doença que matou ao menos 50 milhões de pessoas ao redor do mundo entre 1918 e 1920. Mas as autoridades da Filadélfia, nos Estados Unidos, decidiram ignorar o apelo para cancelar um desfile nas ruas da cidade, que na época tinha população de 1,7 milhão de pessoas. A decisão teve efeitos devastadores e fez com que a Filadélfia se tornasse uma das cidades mais gravemente afetadas pela gripe espanhola. Em seis semanas, 47 mil pessoas estavam doentes e 12 mil haviam morrido.

 

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