Levantamento aponta irregularidades nos preços de combustíveis pelas distribuidoras

Após levantamento que o Procon de Campina Grande fez sobre os preços de combustíveis comercializados na cidade, o órgão decidiu por comunicar ao Ministério Público Estadual (MPE) as diversas irregularidades encontradas quanto ao repasse dos descontos relatados pela Petrobrás para os postos de combustíveis. O anúncio foi feito na manhã de quinta-feira, 27, pelo coordenador executivo do órgão em uma entrevista coletiva.

Na oportunidade Rivaldo Rodrigues explicou que foram analisadas mais de mil notas fiscais de 55 postos de combustíveis locais referente ao período de 1º de setembro a 3 de dezembro deste ano.

“Na análise realizada nas notas fiscais de compra dos combustíveis pelos postos, constatamos que neste período a redução de 30% informada pela Petrobras às distribuidoras, no preço da gasolina, comum, não foi repassada de forma integral aos postos. As distribuidoras reduziram os preços para os postos em apenas 7,4%, o que se refletiu nas bombas em um desconto de 1,95% para o consumidor final. Ou seja, quase nada e o consumidor continua pagando caro para encher o tanque com esse combustível. No entanto no preço final do etanol, mesmo os postos recebendo uma redução de 6,7% das distribuidoras, repassou ao consumidor um desconto bem maior, de 8,13%, isto é, ainda vale a pena abastecer com esse produto. Além de questionarmos isso junto ao MPE, queremos entender o porquê de postos de uma mesma rede que atua aqui e em João Pessoa estarem praticando preços muito diferentes. Campina sai na frente como a cidade mais cara do estado”, detalha Rivaldo.

Outro questionamento que será feito junto ao MPE é sobre o Gás Natural Veicular (GNV), que atualmente, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP) o combustível vendido em Campina é um dos mais caros do país, além de observar-se que há tempos existe uma padronização de preços entre os postos que comercializam o produto. O que pode se caracterizar como sinal de cartelização, e isso é crime.

Rivaldo revela que o Procon segue investigando o comportamento de preços dos combustíveis com pesquisas aos 55 postos. “Até termos em Campina a prática de um preço justo de combustível vamos seguir com esse monitoramento intenso”, disse.

Com relação a última pesquisa realizada ontem, 27, em 56 postos da cidade, observa-se que houve uma boa redução na maior parte dos combustíveis em comparação com a pesquisa realizada no dia 5 deste mês. Só o preço do GNV que permaneceu inalterado, com o valor médio do metro cúbico por 3,9497 reais e a gasolina aditivada que aumentou 3 centavos, de R$ 4,554 passou a custar  4,457 o litro. Já o preço médio do litro da gasolina comum caiu 10 centavos, o diesel e o diesel S-10 caíram 7 centavos. “E pelo trabalho que está sendo desenvolvido em Campina a ideia é cair ainda mais e o consumidor campinense passar a pagar um preço justo” revela Rivaldo.  A pesquisa está disponível no link.

 

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